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Realizada palestras sobre tecnologias e as perspectivas do mercado da pecuária

As palestras foram realizadas no Complexo Esportivo Alvi-Verde em Santo Antônio das Missões na quarta-feira (21)

Realizada palestras sobre tecnologias e as perspectivas do mercado da pecuária
Foram realizadas na noite da quarta-feira, dia 21, no Complexo Esportivo Alvi-Verde em Santo Antônio das Missões, duas palestras promovidas pelo Poncho Verde Negócios Rurais em parceria com a Mig-Plus Agroindustrial (Fotos: Alcides Machado)

O encontro abordou os temas “Tecnologias Pecuária de Corte” e “Perspectivas do Mercado Pecuária”, apresentados pelos palestrantes, o médico veterinário Airton Colares e o técnico em nutrição Vinicio Diedrich.

Com a participação de criadores de gado e autoridades do município, a palestra começou com a apresentação de dados da criação de bovinos de corte no país, de exportação de cabeças de gado para o exterior e posteriormente, sobre as tecnologias voltadas ao segmento produtivo.

Em entrevista ao Grupo Fronteira Missões, Airton relata que hoje o mercado da pecuária no Rio Grande do Sul é dinâmico, pois ano a ano os preços oscilam. Comparou os mercados do Centro-Oeste, onde os produtores estão com produções mais avançadas, dizendo que infelizmente, na região há bois tardios e que levam tempo para engorda, mas isso está evoluindo, considerando que a introdução de exportações para Europa tem facilitado e dado retorno com recursos aos pecuaristas, o que o faz afirmar que a pecuária está se intensificando, o que pode ser verificado através dos números pagos ao produtor.

Airton informou que, se quisesse confinar um lote de animais hoje, não existe no mercado e por isso o preço vai sofrer uma real valorização.

Sobre a implantação da tecnologia dentro da pecuária, o médico veterinário comentou sobre as possibilidades de utilizar as tecnologias de suplementação de terneiros ao pé da vaca, utilizar energéticos, melhorar o índice reprodutivo das novilhas. 

Falando na tecnologia do desmame, Airton relata que a maioria dos produtores acreditam que o desmame é para ter terneiros mais pesados, mas no seu entendimento, isso é secundário, o desmame é até os 3 meses de idade, os terneiros dependem do leite, mas que a partir desta idade a presença da mãe é mais importante, pois 40% das necessidades energéticas para ele se desenvolver e ganhar peso vem do leite e o restante vem do pasto e de outras coisas que ele come. 

Comentou que há duas categorias que se valorizam do desmame precoce, são as duas que mais sofrem os processos reprodutivos, que são as primíparas, novilha de primeira cria que pare, sente muito a parição, emagrecem muito, e as vacas que a gente chama de cola de parição, que são as vacas que vão ter pouco tempo de acordo com o sistema de desmame tradicional, de 7 a 8 meses, para se recuperar e poder ganhar peso e então, entrar em reprodução novamente.

Airton falou também sobre a projeção do mercado dentro da exportação citando como exemplo a Turquia no retorno à importação, o Líbano e pelo que está vendo a China também será um forte mercado e provavelmente, vai vir comprar bovinos vivos no Rio Grande do Sul, ou seja, está muito positivo o meio da exportação. Ainda falou que o alto preço da carne se dá pela oscilação de oferta, citando a lei de oferta/procura, ou seja, a falta resulta na suba dos preços, em caso de sobra, gera a baixa do preço, bem como, ressaltou que o mercado vem se ajustando.

O presidente do Sindicato Rural de Santo Antônio das Missões, Luiz Antônio Guimarães do Prado falou que palestras desse tipo são de muito interesse, pois traz muitas técnicas desconhecidas, técnicas estas que os produtores locais podem projetar em seu rebanho e obter um ótimo resultado. Falou que o principal ponto abordado na palestra que é comum na bovinocultura de corte em Santo Antônio é a suplementação de bovinos e as carências de alimentação e nutrição, bem como, evidenciou que a pecuária no Rio Grande do Sul está sofrendo dificuldades, onde a qualidade está fazendo a diferença para os produtores.

O vice-presidente do Sindicato Rural de Garruchos e também criador de gado, Adelar Gasparin também disse que participar de palestras desse porte é uma fonte de muito conhecimento para aplicação dentro de suas propriedades, que técnicas como essas são totalmente desconhecidas por muitos criadores, ponderando que em Garruchos há uma carência de palestras técnicas, para que os produtores ampliem seus conhecimentos sobre as tecnologias, considerando que houve um incentivo maior para agricultura, e a criação de gado não diminuiu, porque está se investindo em tecnologias o que permite a criação de maior número de gado em menor espaço.

 


  

Por Alcides Machado e Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões